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Por que as alergias estão aumentando?

Segundo a organização mundial de alergia (WAO), nos últimos 50 anos a prevalência de alergia vem aumentando sensivelmente na população mundial. Estima-se que aproximadamente metade das crianças apresente sensibilização a pelo menos um alérgeno comum.

É certo que os fatores genéticos têm um papel determinante no desenvolvimento de alergias. No entanto e ao contrário do que se pensa, pode-se afirmar que as pessoas não nascem alérgicas, elas adquirem a alergia no decorrer da vida, de acordo com o contato com tais substâncias e outros fatores ambientais.

Estes fatores ambientais e comportamentais são, de longe, os principais responsáveis pelo desenvolvimento de quadros alérgicos. Os estudos mostram que entre a década de 60 a 90 a população mundial de portadores de alergia respiratória cresceu de maneira espantosa, enquanto a partir da década de 90 até os dias atuais, estamos assistindo a um aumento da taxa de portadores de alergia alimentar.

O desenvolvimento de métodos mais acurados para o diagnóstico de doenças alérgicas e consequentemente uma maior capacidade diagnóstica com certeza contribuiu para isto. Porém, em uma análise mais aprofundada, são os fatores ambientais e comportamentais os principais responsáveis por estas mudanças. Foi justamente a partir da década de 60 que observamos a migração de parte da população da zona rural para as cidades e os grandes centros, acarretando numa maior exposição a poluentes atmosféricos, com fragilização da mucosa que reveste o trato respiratório, deixando este sistema mais vulnerável ao contato com proteínas potencialmente alergênicas.

Foi também neste período que se desenvolveu uma preocupação cada vez maior com a higienização dos ambientes, levando a uma diminuição da exposição das crianças a germes importantes no desenvolvimento de um sistema imunológico mais saudável e menos reativo. Da mesma forma, a adoção de uma dieta cada vez mais industrializada, bem como o uso indiscriminado de compostos químicos tanto na lavoura, como na conservação e alteração das características dos alimentos industrializados, contribuem para um aumento da permeabilidade da mucosa de revestimento do sistema digestivo e uma maior exposição do organismo a alérgenos alimentares.

Por último, o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, retardando a oferta de alguns alimentos potencialmente alergênicos, como o leite de vaca e fórmulas que contenham leite, é fundamental na prevenção de desenvolvimento de alergia tanto respiratória como alimentar. Para uma orientação personalizada e específica, bem como um diagnóstico seguro e eficaz, recomenda-se sempre a procura de profissionais com formação sólida na área, afinal, todos nós precisamos e merecemos uma maior qualidade de vida.

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