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ALERGIA – Mitos e Verdades

Caro leitor, com a elevada prevalência de doenças alérgicas atualmente, é comum a ocorrência de inúmeras dúvidas a respeito do assunto. Com o objetivo de auxiliar no entendimento destes problemas, apresento abaixo algumas perguntas e respostas que espero serem úteis:

Por que as alergias respiratórias têm aumentado no mundo?
Nas últimas décadas, o número de pessoas acometidas por quadros de alergia respiratória vem aumentando sensivelmente. Existem várias doenças que se enquadram no grupo de alergias respiratórias, no entanto, as mais prevalentes são a rinite alérgica e a asma brônquica. Doenças que, além de fatores genéticos, apresentam forte influência ambiental. As razões que levam ao aumento da prevalência de alergia respiratória no mundo são várias, entre elas a maior exposição a poluentes químicos advindos da expansão de aglomerados urbanos, a maior permanência das pessoas em locais fechados com maior exposição a alérgenos orgânicos, e uma provável menor exposição a antígenos ambientais decorrentes da sujeira da terra, o que predispõe o organismo a deslocar a resposta imunológica saudável para uma resposta alergênica desagradável.

Como posso fazer para evitar que meu filho seja alérgico?
Recomenda-se cuidados para evitar o contato com poeira doméstica desde a idade neonatal, estas recomendações são especialmente importantes em casos de famílias com histórico de indivíduos alérgicos, uma vez que existe sim uma forte predisposição para uma criança advinda de pais alérgicos desenvolverem alergias com o contato repetido a esses agentes.

As principais medidas a serem tomadas são:
• Manter os ambientes arejados e com exposição solar;
• Evitar materiais porosos, onde a poeira possa se depositar e seja difícil removê-la, como estofados, carpetes, pelúcias, cortinas etc.;
• Realizar a limpeza dos ambientes com pano úmido, evitando espanadores e vassouras;
• Colocar capas anti-ácaros nos colchões e travesseiros.

Venho de uma família de alérgicos. Agora que meu filho nasceu, devo retirar meu cão da casa para evitar que ele se torne alérgico a ele?
A relação direta de aumento de alergias e contato com animais domésticos ainda não foi bem estabelecida. O contato com cães, por exemplo, ainda não foi comprovado como fator determinante para o aumento da prevalência de alergia. Na verdade, alguns estudos até indicam que o contato com múltiplos cães pode inclusive ser um fator protetor. É claro que indivíduos portadores de alergia respiratória, onde os exames e os testes alérgicos comprovaram a existência de alergia específica a alérgenos caninos, devem sim evitar seu contato.

Um indivíduo já nasce alérgico?
É comum no consultório a seguinte afirmação: “Já tive contato com determinada substâncias no passado, logo, não acredito que a alergia que estou sentido agora seja decorrente dela”. Na verdade, nenhuma pessoa nasce alérgica e sim com uma predisposição a desenvolver determinada alergia. Somente com um contato prévio com um alérgeno, é que o organismo é capaz de desenvolver uma resposta alérgica específica. E esta resposta pode ser desenvolvida num segundo contato, ou até mesmo após inúmeros contatos prévios.

Qual a melhor maneira de lidar com uma doença alérgica?
O primeiro passo para se enfrentar uma doença alérgica é realizar um diagnóstico de forma correta. Isto pode ser feito através de uma consulta com médico especialista, onde os dados da história clínica do paciente, somados a exames laboratoriais e testes alérgicos, poderão dizer com clareza qual o tipo da doença e, principalmente, qual o agente causador. Uma vez conhecido o inimigo, seu médico poderá realizar as orientações necessárias para evitar seu contato, prescrever medicações específicas quando necessário e, em determinados casos, o tratamento com imunoterapia alérgeno específica poderá ser realizado com resultados duradouros e altamente eficazes.

Todos antialérgicos engordam?
Não. Atualmente, a maioria dos antialérgicos não tem efeito no ganho de peso. Este mito existe por conta de alguns antigos anti-histamínicos que produziam aumento no apetite e, principalmente a alguns dos anti-histamínicos que ainda são vendidos em associação a corticoides, e esses sim são medicamentos que tem como efeito colateral, o aumento do peso.

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