O uso de medicamentos apresenta um grande e conhecido risco: as reações adversas a medicamentos.
Ultimamente, as reações adversas a medicamentos são cada vez mais comuns. Muito desse aumento se deve ao desenvolvimento de substâncias químicas cada vez mais complexas, e que podem ser usadas tanto como princípio ativo, como também cumprindo o papel de conservantes e até em alimentos.
A medicina moderna trouxe muitos benefícios para a humanidade. Hoje podemos fazer diagnósticos precocemente, prevenir doenças, repor nutrientes e aliviar a dor. Dentre as ferramentas disponíveis para o tratamento e prevenção de doenças, as medicações são cada vez mais utilizadas. No entanto, o uso de medicamentos apresenta um grande é conhecido risco: as reações adversas a medicamentos, problema muito mais comum do que se imagina. A Revista Saúde conversou com o médico alergista e imunologista Dr. Juliano Coelho Phillipi sobre como lidar com essas reações.
Por que as reações adversas a medicamentos têm se tornado tão importante ultimamente?
As reações adversas a medicamentos são cada vez mais comuns. Muito desse aumento se deve ao desenvolvimento de substâncias químicas cada vez mais complexas, e que podem ser usadas tanto como princípio ativo, como também no papel de conservantes em medicamentos e até em alimentos. O contato cada vez maior com tais substâncias leva a um aumento no risco de reações.
Com que frequência as reações adversas a medicamentos ocorrem?
Estima-se que entre 15-30% das medicações tomada desencadeiam alguma reação adversa. Essas reações podem ser um leve mal-estar ou desconforto no estômago, ou até lesões graves e fatais. Nos Estados Unidos, a reações a drogas são a quinta maior causa de morte, perdendo apenas para o câncer, as doenças do coração, do sistema nervoso é do aparelho respiratório.
Quais são os tipos de reações adversas a medicamentos?
De forma didática, as reações adversas podem ser classificadas e dois grandes grupos: as reações previsíveis e as imprevisíveis.
As reações previsíveis costumam ser mais leves e potencialmente evitáveis. Estão neste grupo as reações desencadeadas por superdosagem, as dores no estômago causadas pelos anti-inflamatórios, sonolência a alguns antialérgicos e antigos e diarreia desencadeada por alguns antibióticos.
As reações imprevisíveis ocorrem de acordo com a predisposição individual das pessoas e costumam ser as reações adversas mais graves, incluindo todos os casos de alergia e hipersensibilidade a medicamentos.
Quais os medicamentos com maior risco de desencadear alergia ou hipersensibilidade?
Dentre as drogas mais conhecidas como causadoras de alergia ou hipersensibilidade, podemos citar: as penicilinas, as sulfas e os anti-inflamatórios, incluindo o ácido acetilsalicílico. Nestes casos os sintomas podem e apresentar como leves coceiras, bolhas e descamação pela pele ou até choques anafiláticos.
Existe alguma forma de evitar que essas reações apareçam?
Apesar de essas reações serem classificadas como imprevisíveis, uma consulta médica criteriosa pode encontrar evidências de um maior risco de reação adversa a medicações. Esse cuidado, seguido por uma boa investigação, com testes alérgicos, ou exames de laboratório pode ser fundamental para diferenciar entre o sucesso de um tratamento de uma tragédia clínica.
Por outro lado, alguns procedimentos realizados antigamente carimbaram erroneamente muitas pessoas como alérgicas a medicamentos importantes, como é o caso de penicilina. E hoje, muitos acabam gastando muito para usar medicamentos alternativos, quando poderiam seguramente utilizar medicações mais baratas e eficazes.
Caso você tenha suspeita ou história de reação alérgica a algum medicamento, não se esqueça de informar seu médico e, se for o caso, procurar um especialista para realizar os procedimentos necessários e eliminar essa dúvida.